01 de Fevereiro de 2010

 

 

O Jornal de Notícias decidiu não publicar hoje a habitual crónica de segunda-feira de Mário Crespo, por a mesma revelar o teor de uma conversa entre o primeiro-ministro e vários membros do Governo durante um almoço. De acordo com testemunhas, nessa conversa José Sócrates referiu-se ao jornalista da SIC como "débil mental" como um "problema" que tem de ter "solução".

 

O almoço, em dia de apresentação do Orçamento do Estado 2020, tem lugar num conhecido hotel de Lisboa. À mesa estavam o primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, e Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares.

Tema de conversa: Mário Crespo, jornalista e pivot do Jornal da 9 da SIC Notícias: "um louco" a precisar de "ir para o manicómio" terão sido algumas das expressões utilizadas para o descrever.

O jornalista decide relatar o almoço e o conteúdo da conversa entre José Sócrates e os membros do Governo na crónica que tem há mais de dois anos, à segunda-feira, no Jornal de Notícias.

Mas o jornal que chegou hoje às bancas não tem a assinatura de Mário Crespo.

Reacção do Jornal de Notícias

A SIC tentou uma reacção do Jornal de Notícias que remeteu todos os esclarecimentos para uma nota da direcção publicada na Internet.

Na nota o director José Leite Pereira justifica a decisão de não publicar a crónica de Mário Crespo com o facto de não se tratar de um artigo de opinião, mas antes "um relato de um acontecimento não confirmado e que não tinha contraditório".

Falta de esclarecimento de Sócrates

A estação de Carnaxide contactou ainda o gabinete do primeiro-ministro, que não quis fazer qualquer comentário sobre este caso.

Já fonte do gabinete do ministro dos Assuntos Parlamentares disse à SIC que: "O Governo não se ocupa de casos fabricados com base em calhandrices".

Nota da Direcção de Informação da SIC

Sobre este caso, "a Direcção de Informação da SIC repudia as considerações sobre a idoneidade dos seus profissionais e rejeita todas as formas de pressão e de condicionamento, venham de onde vierem".

A Direcção de Informação "manifesta total solidariedade para com o jornalista Mário Crespo - um profissional íntegro e respeitado como poucos pelos portugueses, com uma carreira que fala por si e que muito orgulha esta estação".

 

NOTICIA SIC ONLINE

 

publicado por Portugal TV às 22:26

Mário Crespo, denuncia hoje, num artigo que se encontra publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, ter sido alvo de conversas hostis por parte de três membros do Governo: José Sócrates, Jorge Lacão e Silva Pereira.

No texto, o jornalista da SIC refere ter sido o “epicentro” de uma conversa entre José Sócrates, o ministro do presidência, Pedro Silva Pereira, o ministro dos assuntos parlamentares, Jorge Lacão, e o executivo de uma televisão, cuja identidade não é revelada. “Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”, descreve Mário Crespo.

A relação entre o poder e os meios de comunicação social é também mencionada. “Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige ‘solução’”, acrescenta.

O jornalista ataca os membros do governo, referindo que “Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre”.

Mário Crespo faz ainda referência ao afastamento de Manuela Moura Guedes dos ecrãs da TVI ou da anunciada saída de Marcelo Rebelo de Sousa da RTP. “O problema José Eduardo Moniz foi ‘solucionado’. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o ‘problema’que era o Director do Público. Agora, que o ‘problema’ Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais ‘um problema que tem que ser solucionado’”

 
NOTICIA JORNAL DE NEGÓCIOS

 

 

Mário Crespo

O Fim da Linha

Mário Crespo
 
 

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

 

in: http://www.institutosacarneiro.pt/?idc=509&idi=2500

publicado por Portugal TV às 16:03

 

Privadas aumentam audiências em início de ano

 

SIC e TVI têm motivos para sorrir, fechadas que estão as contas do primeiro mês de 2010. A TVI mantém a liderança com 28,5% de share, sobe 1 ponto percentual face a Dezembro do ano passado mas desce 0,4 pontos quando comparamos os resultados com Janeiro de 2009.

 

Em Carnaxide, os sorrisos andarão mais abertos por estes dias. A SIC conquistou 25,2% de share, subiu 1,2 pontos percentuais face a Dezembro, mas perdeu 0,7 pontos em relação ao período homólogo. O canal de Pinto Balsemão volta a conquistar o segundo lugar, destronando a RTP1 que ocupava o posto desde Julho de 2009.

 

A RTP1 foi o único generalista a perder público quando comparado com Dezembro. Desceu de 24.9 para 24.5% de share. Foi no entanto, o único canal a subir - uma décima - se compararmos Janeiro de 2010 com igual mês de 2009.

 

 

SIC NOTÍCIAS mantém liderança mas desce

 

A SIC Notícias liderou os canais temáticos em Janeiro com 3,4% de share. Este resultado representa uma quebra de 0,3% relativamente ao mês de Dezembro. Seguiram-se a RTP2 com 2,9, O Panda e o AXN com 2,7 e o Hollywood com 2,3%. A RTPN e a TVI24 também baixaram os seus resultados. A primeira fez 1,6% e a segunda 0,8%. 

publicado por Portugal TV às 15:40
últ. comentários
Parabens pelo blog :)
Viva!Não sei se alguem ira ler este meu comentario...
Herman José na rtp! Finalmente! Eu adoro-o desde s...
Esta foi das melhores noticias da tv que recebi! e...
Meu caro, Alguém o obriga a vir cá? Eu só visito o...
Este blog parece (ou é) um blog sobre a sic....
"O MELHOR GENÉRICO" O PRIMEIRO CONCURSO DO SÉRIES ...
sinais de fogo
O único exemplo no meio desta historieta que realm...
Caro TVI Blog, apenas alguns esclarecimentos:1- La...
RECORDE DE VISITANTES:
EU JORNALISTA atingiu o recorde de 1466 visitantes únicos no dia 7 de Setembro de 2009, o que corresponde a 2301 visualizações do blog num único dia. Obrigado pela preferência e... volte sempre! (O anterior recorde foi de 376 visitantes no dia 1 de Fevereiro de 2009.) portugaltv@sapo.pt
BEM-VINDOS AO BLOGUE "EU JORNALISTA"
Agora com novas funcionalidades: VIDEO e MÚSICA.
Fevereiro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
19
20
21
22
25
26
27
28
Últimas Audiências:
AUDIÊNCIAS MAIO 2011: TVI: 25,9%, SIC: 24% RTP: 22,1%. AUDIÊNCIAS ABRIL 2011: TVI: 25,8%, SIC: 23,2% RTP: 21,5%. AUDIÊNCIAS MARÇO 2011: TVI: 26,3%, SIC: 23,5% RTP: 23%. AUDIÊNCIAS FEVEREIRO 2011: TVI: 26,9%, SIC: 22,9% RTP: 22,9%. AUDIÊNCIAS JANEIRO 2011: TVI: 28%, SIC: 24.1% RTP: 23.4%. AUDIÊNCIAS ANO 2010: TVI: 27,5%, RTP: 24,2%, SIC: 23,4% AUDIÊNCIAS DEZEMBRO 2010: TVI: 28.1%, RTP1: 24.5% SIC: 22.4%. AUDIÊNCIAS NOVEMBRO 2010: TVI: 27,3%, RTP1: 25,4% SIC: 23,1%. AUDIÊNCIAS JUNHO 2010: TVI: 26,5%, RTP1: 23,6% SIC: 22,4%. AUDIÊNCIAS JUNHO 2010: TVI: 27%, RTP1: 24,6% SIC: 22,3%. AUDIÊNCIAS MAIO 2010: TVI: 26,9%, RTP1: 23.7% SIC: 23.5%. AUDIÊNCIAS ABRIL 2010: TVI: 27.3%, SIC: 23.8%. RTP1: 23.8% AUDIÊNCIAS MARÇO 2010: TVI: 28.7%, SIC: 23.8%. RTP1: 23.5% AUDIÊNCIAS FEVEREIRO 2010: TVI: 27,5%, SIC: 25,3%. RTP1: 24,7% AUDIÊNCIAS JANEIRO 2010: TVI: 28,5%, SIC: 25,2%. RTP1: 24,5% AUDIÊNCIAS ANO 2009: TVI: 28,7%, RTP: 24%, SIC: 23,4% AUDIÊNCIAS DEZEMBRO 2009: TVI: 27,5%, RTP1: 24,9%, SIC: 24%. AUDIÊNCIAS NOVEMBRO 2009: TVI: 28,4%, RTP1: 24,6%, SIC: 22,6%. AUDIÊNCIAS OUTUBRO 2009: TVI: 28,5%, RTP1: 23,9%, SIC: 23,4%. AUDIÊNCIAS SETEMBRO 2009: TVI: 27,5%, RTP1: 24,4%, SIC: 22,4%. AUDIÊNCIAS AGOSTO 2009: TVI: 25,8%, RTP1: 24,2%, SIC: 22,4%. AUDIÊNCIAS JULHO 2009: TVI: 28%, SIC: 24,3%, RTP1: 21,9%. AUDIÊNCIAS JUNHO 2009: TVI: 29%, SIC: 23,5%, RTP1: 22,2%. AUDIÊNCIAS MAIO 2009: TVI: 31,5%, RTP1: 23,2%, SIC: 21,5%. AUDIÊNCIAS ABRIL 2009: TVI: 30,2%, RTP1: 23,2%, SIC: 22,4%. AUDIÊNCIAS MARÇO 2009: TVI: 29,6%, RTP1: 24,3%, SIC: 23,2%. AUDIÊNCIAS FEVEREIRO 2009: TVI: 28,7%, RTP1: 25.9%, SIC: 24,4%. AUDIÊNCIAS JANEIRO 2009: TVI: 28,9%, SIC: 25.9%, RTP1: 25.4%. AUDIÊNCIAS DEZEMBRO 2008: TVI: 29.8%, RTP1: 25.5%, SIC: 25.4%. AUDIÊNCIAS ANO 2008: TVI: 30.5%, SIC: 24.9%, RTP1: 23.8%.
subscrever feeds
pesquisar neste blog
 
Fevereiro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
19
20
21
22
25
26
27
28