José Sócrates foi literalmente apanhado com a boca na botija... ou melhor, no cigarrinho!
O nosso digníssimo primeiro-ministro esqueceu-se de que era português, de que estava a bordo de um avião português (e como tal considerado território português); esqueceu-se de que faz parte do governo que aprovou a lei anti-tabaco e... puxou de um cigarrinho a bordo de um avião da TAP a caminho da Venezuela.
Envergonhado com episódio e com o eco que teve em Portugal, Sócrates mandou uns recaditos do lado de lá do Atlântico. Disse que (coitado) não sabia que estava a cometer uma ilegalidade.
Isto apesar de se ter dado ao trabalho de ir fumar, juntamente com o ministro da economia para um cantinho do avião, por trás de uma cortina. Mas não sabia que estava a cometer uma ilegalidade, imagine-se.
Só escolheram ir para trás da cortina, porque talvez pensassem que a mesma desse acesso a uma varandita para fumarem à vontade... se calhar foi isso...
Mas isto é grave. É possível que o engenheiro Sócrates sofra de algum tipo de miopia. Afinal, o avião tinha acesos todos os símbolos a dizer que era proíbido fumar; tinha um letreiro grande à entrada a dizer que era proíbido fumar e a carta com as instruções de emergência do avião dizia que era proíbido fumar.
Mas o nosso PM e o nosso ministro da economia não viram... Talvez a TAP devesse aumentar a potência das lâmpadas destes sinais, digo eu...
Mas a TAP também ficou muito bem na fotografia, diga-se. A empresa diz que afinal, é habitual fumar-se em vôos fretados.
Ou seja, com este cómico episódio, ficou-se a saber que fretando um avião à TAP ficamos isentos de respeitar as leis nacionais. Decerto isto dará muitas ideias a muito criminoso deste país... Prevejo um considerável aumento do tráfego aéreo nos céus de Portugal.
A cereja em cima do bolo foi mesmo o nosso "primeiro" vir a público dizer que está tão arrependido do que fez que... imagine-se... vai deixar de fumar. Com este anúncio devia estar à espera que o país lhe desejasse "força" e o felicitasse pelo acto.