Destruição causada pelo sismo de 1997.
Local: Ribeirinha, Ilha do Faial, Açores.
Depois de ler esta notícia na Lusa, só me passou pela cabeça o pensamento de como seria se este caso fosse no Continente? Como é possível que ainda haja gente a morar em pré-fabricados, há praticamente 10 anos?!?
Como é possível que nunca se tenha ouvido falar sobre tal facto nos órgãos de comunicação social nacionais?!?
Como é possível que o Governo Regional nunca tenha resolvido o problema destas pessoas ao longo dos últimos 10 anos?!?
Como é possível que o Governo da República pactue com a existência deste tipo de casos, típicos de países de terceiro (ou quarto) mundo?!?
Como é possível que apesar desta tragédia que destruiu TUDO o que esta alma caridosa - que cuida de 2 crianças - tinha, o Governo Regional a coloque novamente numa habitação provisória, que muito provavelmente será definitiva por muitos anos?!?
Ou será que ainda alguém acredita que no próximo ano, esta mulher terá uma C-A-S-A??
Aqui vai a notícia para que consigamos acreditar nisto tudo...
Horta, 23 Ago (Lusa) - Um incêndio, com provável origem num curto-circuito, destruiu quinta-feira à tarde, um pré-fabricado situado na Freguesia dos Flamengos, Ilha do Faial, que alojava uma família sinistrada do terramoto de 1998.
As chamas consumiram por completo o recheio do pré-fabricado, construído em madeira, que tinha sido entregue a Rita Dutra, de 60 anos, e a duas crianças menores que com ela moram desde o sismo.
A sinistrada perdeu tudo o que tinha neste incêndio, incluindo o pouco que havia sobrado da destruição provocada pelo terramoto de 9 de Julho de 1998, que danificou cerca de 70 por cento do parque habitacional das Ilhas do Faial e Pico.
Rita Dutra aguarda agora que o Governo Regional encontre uma habitação provisória, onde possa morar até ao dia que lhe atribuírem uma casa definitiva, o que só deverá acontecer no próximo ano.
As chamas provocaram também um corte no fornecimento de energia eléctrica a cinco pré-fabricados no Bairro de São Lourenço, um dos vários que ainda existem na Ilha desde o terramoto.
NOTICIA AGENCIA LUSA