Carlos Soares, irmão de Rui Pedro Soares e seu advogado no processo contra o ‘Sol’, é uma peça fulcral no projecto de criação de um novo grupo de comunicação social em Portugal. Ao que o CM apurou, Carlos Soares tem reunido, em conjunto com Emídio Rangel, com bancos e possíveis investidores para o projecto. Rui Pedro Soares fica na ‘sombra’, devido ao caso ‘Face Oculta’ e processo PT-TVI.
Carlos Soares, irmão de Rui Pedro Soares e seu advogado no processo contra o ‘Sol’, é uma peça fulcral no projecto de criação de um novo grupo de comunicação social em Portugal. Ao que o CM apurou, Carlos Soares tem reunido, em conjunto com Emídio Rangel, com bancos e possíveis investidores para o projecto. Rui Pedro Soares fica na ‘sombra’, devido ao caso ‘Face Oculta’ e processo PT-TVI.
Contactado pelo CM, Carlos Soares recusou prestar quaisquer declarações. Questionado se desmentia as reuniões, o advogado apenas disse: "Não me pronuncio sobre isso." Também Rui Pedro Soares não quis fazer comentários.
O primeiro passo para a criação deste grupo foi dado com a tentativa de compra da Rádio Europa Lisboa, através da Dreamrádios S.A, que tem no conselho de administração Emídio Rangel, Jorge Schnitzer e Zélia Fernandes.
Mais recentemente, antes do Natal, Rangel e Rui Pedro Soares estiveram em Espanha onde compraram, à Mediapro, os direitos de transmissão da Liga Espanhola para Portugal, a partir da época 2012/2013.
O objectivo é, numa segunda fase, integrar os direitos na mesma empresa que irá deter a rádio, um semanário e que tem intenções de criar um canal de televisão.
"Ainda não estão integrados neste projecto, mas é provável que possa vir a acontecer", disse Emídio Rangel ao CM.
Além disso, o CM apurou que estes investidores querem comprar mais direitos desportivos internacionais, mas não só.
Questionado sobre um possível interesse nos direitos de transmissão dos jogos do Benfica, nas mãos de Joaquim Oliveira até ao final da época 2012/2013, Emídio Rangel diz que "é uma hipótese que se pode colocar".
Emídio Rangel recusa revelar quem está por trás do projecto devido a cláusulas de confidencialidade. "Fui convidado para desempenhar uma função neste projecto e é o que estou a fazer." Ainda assim, admite que "é provável que haja capital espanhol" no futuro grupo, recusando comentar se o investidor é a Mediapro. Contudo, dificilmente este grupo espanhol poderá investir nos projectos dos irmãos Soares, já que as decisões da empresa são tomadas, há mais de um ano, por gestores judiciais.
GRUPO COM TELEVISÃO, RÁDIO E PAPEL
"Nós queremos e vamos trabalhar em todas as vertentes. Rádio, televisão e jornal", revelou Emídio Rangel ao Correio da Manhã, acrescentando que o que está mais perto de se concretizar é o projecto da rádio e do jornal, que deverá assumir o formato de semanário.
Por conhecer estão ainda os financiadores destes projectos, já que só o projecto da rádio deverá precisar de um investimento de 2,5 milhões de euros. O jornal será, substancialmente, mais caro. Neste momento, sabe o CM, o grupo final de investidores não está fechado, daí as reuniões que Carlos Soares e Emídio Rangel têm mantido com a Banca.
NOTICIA CORREIO DA MANHÃ