Foi na passada 6ªfeira que a SIC conseguiu obter um dos seus melhores resultados matinais dos últimos tempos. Tudo graças à emissão especial de 3h dedicada ao regresso de Júlia Pinheiro ao canal de Carnaxide.
Qual D. Sebastião, a ex-apresentadora da SIC, da RTP, e da TVI, foi acompanhada em directo - e com grande aparato - desde a sua saída de casa até à entrada na sede da SIC onde assinou o contrato. A emissão em tudo foi semelhante a uma noite eleitoral. Com uma grande diferença: nunca ninguém votou na Júlia Pinheiro como "salvadora da pátria" SIC.
Com ou sem votos, alguém a escolheu e nomeou. Mas isso não bastava. Era preciso uma emissão de quase humilhação pública. Como que a dizer: Nós Por Cá não temos ninguém melhor que a Júlia e por isso, fomos buscá-la à TVI.
Para além do caricato que isto representa, levanta também outras dúvidas. Júlia vem juntar-se a Manuela Moura Guedes. Diz-se que a seguir virá o marido, caso Nuno Santos não consiga rentabilizar o investimento milionário feito recentemente, em grandes formatos internacionais.
Também é público que a SIC tem-se desdobrado em convites a actores e actrizes da TVI. Curiosamente, numa altura em que - finalmente - o formato novela começa a causa algum cansaço nos telespectadores. Prova disso, é que, longe vão os tempos em que TODAS as novelas da TVI ocupavam o Top5 dos programas mais vistos do dia.
E assim sendo, pergunto-me como quererá a SIC ser uma alternativa à TVI se os ingredientes que está a comprar são exactamente os mesmos que há muitos anos, o canal de Queluz de Baixo nos dá a comer!
O certo é que a Companhia das Manhãs de sexta-feira bateu recordes. Ultrapassou os 33% de share e foi líder no seu horário. Normalmente, não passa dos 21%. Um "pormenor" que dá para várias leituras...
EU JORNALISTA