2009 vai ser um ano cheio de eleições. Europeias, Legislativas e autárquicas juntam-se num trio que não só sairá muito caro aos portugueses, como excita bastante os políticos.
Sócrates é talvez o que mais e melhor se tem preparado. Ele dá computadores portáteis, ele dá um aumento de 2,9% aos funcionários públicos, ele promete uma inflação de 2,5%, ele promete crescimento económico e até mais emprego.
Com garantias destas só um louco não votaria PS. No entanto, há várias aspectos sobre os quais tenho reflectido e para os quais, tenho tido alguma dificuldade em arranjar explicação.
Não há economista no planeta que negue que a economia mundial está a atravessar uma crise. Países antes tidos como muito ricos como a Islândia, estão às portas da bancarrota. Espanha, França, Alemanha e Irlanda preparam-se para entrar em recessão.
Mas falando da nossa "casa", todos os dias, há dezenas de empresas que fecham e centenas de pessoas que enchem os ficheiros dos centros de emprego. São poucos os economistas - tirando os socialistas, claro - que acreditam que Sócrates consiga cumprir tais previsões económicas.
No entanto, é perante este desastroso panorama internacional - e para Socrates, é apenas internacional, nós por cá estamos bem - que o nosso Primeiro-Ministro insiste em grandes obras públicas. Mamarrachos do regime, com os quais José Socrates pretende marcar o seu cunho na história portuguesa.
Pena é que, à custa de meras megalomanias, gerações e gerações de portugueses ficarão endividadas. Avança o novo aeroporto de Lisboa. Avança o TGV. Todos julgamos que não há dinheiro, mas Sócrates lá sabe onde o ir buscar.
2009 é ano de eleições e isso explica os devaneios do nosso "primeiro". Só assim se explica que o primeiro aumento da função pública nos últimos oito (!!) anos, coincida com uma das piores crises financeiras que a Europa e o Mundo já sentiram. Já para não falar no também "coincidente" aumento de 24€ do salário mínimo, que passará então a ser de 450€.
Só assim se explica as promessas de que, Portugal até vai crescer, até vai aumentar o emprego, até vai baixar o défice. Longe de mim estar contra estas medidas, estes apoios e estas previsões. Só é lamentável que elas surjam a tão pouco tempo de tantas eleições. Como alguém já disse: "não há coincidências"...
E das duas uma, ou Sócrates vê o país na perspectiva do "orgulhosamente sós" e como tal, não acredita que sejamos afectados "forte e feio" pela crise; ou então, anda a lançar o isco ao mar para ver quem morde o anzol.
PS: Para José Sócrates o "querido" Magalhães é, e cito, "uma espécie de Tintin", é usado "por todo os assessores" e "não parte quando cai ao chão, tal como já comprovou Hugo Chaves"... Enfim... vale a pena ver! Copie o link e cole no seu browser.
http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2007/videopopup2008.aspx?videoId={BF4A2FF1-1D9B-4E3D-9FC8-7691FD69329D}